O calor excessivo, além de nos causar um grande desconforto, também pode ser bastante perigoso para a saúde, sobretudo em idosos, crianças e diabéticos.
A perda de água através da transpiração pode levar a uma redução importante do volume de líquido necessário ao funcionamento adequado do nosso organismo, acarretando uma série de complicações como insuficiência renal e alterações neurológicas. A sede é o principal sintoma que apresentamos em caso de desidratação, funcionando como um alarme para a necessidade de aumentar a ingestão de líquidos.
A detecção precoce da desidratação é determinante na prevenção de maiores danos, portanto devemos estar atentos aos seus principais sintomas (além da sede): fraqueza, câimbras, dor de cabeça e fadiga. A presença da redução do volume de urina, queda de pressão e tontura são sintomas que já denotam fases mais avançadas da desidratação, requerendo avaliação médica imediata.
Nos idosos, pessoas acamadas, crianças e diabéticos, muitas vezes a oferta de líquidos depende dos cuidadores, e além disso, principalmente nos idosos, a sensação de sede é menos pronunciada, os tornando mais susceptíveis ainda a desidratação.
As manifestações clínicas de desidratação nesses casos também podem não ser tão óbvias. Ocasionalmente, manifestam-se com alteração comportamental, desorientação, irritabilidade, entorpecimento e até o coma. Nos diabéticos, além da maior facilidade para desidratar, eles podem ter complicações neurológicas, com maior frequência.
A melhor forma de prevenção é evitarmos a exposição prolongada ao calor excessivo e nos preocuparmos sempre com a ingestão adequada de líquidos, dando-se atenção especial a quem está mais vulnerável.
Dra Luciana Rego
Clínica Médica
27/01/2017